Prato de Aparato

Nº de referência da peça: 
C658

Faiança portuguesa “Decoração Wanli”
Lisboa, 1610 – 1625
Diâm.: 39,0 cm
Expo.: ‘Un Firmament de Porcelaine, de la Chine à l'Europe’, Paris, 2019, p. 49; ‘Un Siècle en
Blanc et Bleu’, Paris, 2016, p. 50
Pub.: ‘Lisboa na Origem da Chinoiserie’, Lisboa, 2018, p. 62

Portuguese faience ‘Decoração Wanli’
Lisbon, 1610 – 1625
Diam.: 39.0 cm
Prov.: P.C., Alcobaça
Exhib.: ‘Un Firmament de Porcelaine, de la Chine à l'Europe’, Paris, 2019, p. 49; ‘Un Siècle en
Blanc et Bleu’, Paris, 2016, p. 50
Pub.: ‘Lisboa na Origem da Chinoiserie’, Lisbon, 2018, p. 62

Exceptional Wanli influenced faience plate of wide raised lip, decorated in a dark cobalt-blue pigment on a tin-white ground.
The sophisticated well, encircled by an undulating band segmented by equidistant pairs of rings filled by fish scales and stylised branches, is centred by a pair of running lions within a lush and exotic landscape with chrysanthemums and carnations. The elaborate lip, extending over the well,
is sectioned into eight segments, alternating daisies and polylobate cartouches filled by trellis and separated by pairs of columns topped by fleuron. On the reverse, seven blue circles centred by stylised flowers alternating with vertical stripes.
This plate is an excellent example of the predominant 17th century Chinese influenced taste, popular in the decoration of faience pieces and widely adopted and reinterpreted by Portuguese potters.

Excepcional prato de aparato com aba larga e levantada, decorado a azul-cobalto carregado, sobre esmalte branco, de forte inspiração Wanli – Ming. O fundo, bastante desenvolvido, é delimitado por uma faixa ondulante divida por anéis em sectores, preenchidos por escamas e ramos estilizados. Nele destaca-se um casal de leões em movimento, rodeado por uma paisagem exótica luxuriante, de grandes ramos floridos de crisântemos e cravos.
A decoração da aba, bastante elaborada e prolongada pelo covo, divide-se em oito reservas, quatro semelhantes às tradicionais boninas e as restantes formando uma moldura polilobada a delimitar uma grelha oblíqua com os alvéolos preenchidos por minúsculos losangos, separadas por colunelos aos pares, rematados por pequenos florões. O tardoz, de frete acentuado, apresenta sete círculos
centrados por florões, separados por traços verticais, tudo pintado a azul-cobalto.
Este exemplar de faiança portuguesa seiscentista é um excelente modelo do predomínio do gosto chinês nas decorações da cerâmica do século XVII.

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