Importante caixa escritório indo-portuguesa,
entalhada em baixo-relevo com tampa de rebater e gavetão, lacada e negro e dourada. A tampa é articulada por gonzos em ferro, e ferrolho do mesmo metal com decoração incisa, fechando sobre espelho em forma de escudete liso com vestígios de ouro; cinco tachões radiados cobrem as pontas dos grampos, tanto do ferrolho como da dobradiça.
Raro tampo de mesa de engonços ou de encartar em madeira exótica, revestida a laca do Sudeste Asiático, ou "thitsi", a negro, que seria originalmente montado em cavaletes que não subsistem. A sua superfície em relevo terá sido decorada a folha de ouro segundo a técnica "tiejinqi" ou "jinqi", chamada "haku-e" em japonês, típica das lacas birmanesas conhecida por "shweizawa".
Raro escudo de aparato de formato circular (rodela) em madeira exótica (pranchas cavilhadas entre si), coberto por várias camadas de pele animal moldado a quente à estrutura de madeira segundo a técnica do cuir bouilli, posteriormente revestida por laca do Sudeste Asiático ou thitsi a negro e decorada a folha de ouro na frente e no verso.
Importante ventó em madeira exótica lacada, apresentando nas quatro faces raras representações de europeus. De caixa paralelepipédica, mostra no interior um gavetão e, possivelmente, teria tido uma gaveta mais estreita, agora desaparecida.
Caixa de escrita de formato rectangular e com tampa superior de levantar, em madeira de teca lacada a negro, encarnado e ouro. A decoração organiza-se em painéis de motivos fitomórficos, com ramagens onduladas e folhas em forma de “foicinha” rematadas por flores, delimitados por molduras lisas.