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Bracelete Owo / Ioruba , Reino Owo, Nigéria, provavelmente séc. XVIII

marfim
Alt. / H. : 13 cm
F879
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Raríssima bracelete em marfim, pertencente ao Olowo, rei do reino Owo, povo Yoruba, datada do séc. XVIII. A pulseira, de grande impacto visual, é formada por um duplo cilindro de marfim. O interno, mais fino, é integralmente perfurado de modo a contornar as figuras entalhadas. O exterior, de maior espessura e também vazado, apresenta uma decoração em banda e em espelho, alternando duas faixas retangulares com duas ovaladas de menores dimensões. Cada uma mostra duas cenas que se desenvolvem, do centro para a periferia, a partir de um encordoado axial com furações, de onde pendem algumas contas. As bandas retangulares são caracterizadas por duas representações duplas, num total de quatro, de grande complexidade icónica e simbólica: num dos registos, está representado o Olowo figura central de grande expressividade, com pescoço longo, fácies achatada, olhos com pupilas proeminentes e pálpebras pesadas, lábios paralelos e separados. Usa chapéu cónico e cartucheiras ou cintas cruzadas, elementos de fantasia adotados pelos governantes de Owo e do Benim. O Rei está suportado por dois subordinados que figuram de perfil. A imagem em espelho representa outros quatro guerreiros, também retratados de lado, como se o mesmo (dirigente) estivesse rodeado pelo seu próprio exército. Na outra banda, dois sacerdotes com o tronco em posição frontal e cabeça de perfil, seguram uma cobra e flanqueiam a imagem de um Opanifá ou Ifá - objeto de culto para oráculo – cuja moldura é circundada por mudfish . Em espelho, e também na horizontal, estão representados dois guerreiros de perfil ao lado de um crocodilo que engole um mudfish, ambos animais simbólicos de Olunkun, o Deus do reino aquático. Seguindo o mesmo esquema decorativo, as bandas ovaladas mostram dois guerreiros de frente, de braços abertos, que seguram nas mãos serpentes desenhando um arco – símbolo de realeza. Tal como outros objetos de marfim Owo, esta pulseira exibe um elevado nível de sofisticação que lhe é conferido não só pelas suas várias texturas e padrões, mas também pela sua densidade decorativa. A representação antropomórfica segue as características das peças de marfim Owo - fácies achatada, olhos de pálpebras pesadas e pupilas proeminentes, nariz largo com as narinas bem definidas e dilatadas, boca de lábios espaçados e paralelos e penteados cónicos - assim como o estilo perfurado e a composição em espelho . O virtuosismo técnico do artista que a produziu é por demais evidente nesta magnífica obra de arte. A iconografia adoptada enaltece e sublinha a liderança própria do governante de Owo cujas insígnias derivam das tradições do Oba ou rei do antigo Benim. Braceletes como esta eram de uso exclusivo desses chefes e, quando exibidas no seu braço assumiam um significado intrínseco de poder e de autoprotecção. A composição em espelho tem como finalidade o ser lida não só pelo governante que a usa, mas igualmente pelo observador. Por outro lado, a brancura do marfim sugere a espuma do mar e reflete a estreita ligação do Rei a Olukun, Deus do mar, razão pela qual as pulseiras produzidas neste material se destinarem exclusivamente a estes monarcas. Os elefantes eram abundantes nas florestas ao redor de Owo e a cidade era conhecida como centro de escultura e fornecedora de marfim ao Benim. Produzidos a partir do século XVI, os temas e elementos decorativos representados nestes objectos de considerável erudição, foram repetidos até ao século XX. A peça em análise é muito semelhante a um exemplar que Ezio Bassani apresenta no seu estudo, atribuído ao século XVI, que também é originário do reino de Owo, na Nigéria . Existe ainda um exemplar análogo no British Museum (Inv. Af1898, 0623.1.), que terá sido adquirido no Benim, com uma linguagem estética comum às peças de Owo. Uma peça idêntica e da mesma época pertence à colecção de W.D. Webster e que se encontra actualmente no Museum fur Volkerkunde em Viena (Inv.º 74017) e está reproduzida no livro Trèsor Royal du Benin (fig. 1). O reino de Owo, composto principalmente por povos Yoruba, a par do antigo reino do Benim (1440-1897), essencialmente formado por etnias Edo, encontrava-se no Sul da moderna Nigéria e tinha traçado as suas origens com fortes filiações na cultura Ifé, da antiga cidade de Ile-Ifé – o berço da cultura Yoruba. Os laços históricos destes dois reinos com Ifé, contribuíram para o seu sentido de identidade, o que justifica a apropriação e a partilha de certos aspetos políticos, religiosos e artísticos. William Fagg (1951) , comparando os objectos de marfim do Benim e as de Owo, conclui que partilham consideráveis semelhanças na iconografia e na técnica, embora existam algumas características específicas que diferenciam um e outro estilo, em especial na face das imagens. Este historiador advoga ainda que os Igbesanmwan – a guilda de escultores de marfim do Benim – devem ter recrutado muitos artesões em Owo, para trabalharem nas suas oficinas. Assim se explica a grande e estreita associação entre os dois centros de produção.
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Provenance

Col. Peter Schnell, Zurique e Comandante Alpoim Calvão, Cascais
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