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Cofre de tartaruga loura , India, Guzarate

tartaruga loura e montagens de prata
13,5 x 20 x 13,5 cm
F1376
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Este raro e precioso cofre da segunda metade do século XVI, utilizado originariamente como guarda-jóias, foi totalmente produzido com placas de tartaruga translúcida de cor dourada desprovida das características manchas que associamos tradicionalmente a este material exótico. Esta circunstância diz-nos que o cofre foi integralmente realizado com placas retiradas da parte ventral da tartaruga; placas mais finais, frágeis e mais difíceis de trabalhar. O processo físico pelo qual o material passou até se produzirem placas destas dimensões e espessura, sem juntas observáveis denomina-se autoplastia por indução térmica. Ao contrário do que se tem afirmado, é possível identificar com certeza a espécie animal da qual proveio o material deste e de todos os outros cofres produzidos seguramente no Guzarate, em Cambaia ou Surate, por este método. Isto porque das duas espécies de tartaruga marinha utilizadas na produção de objectos decorativos desde tempos imemoriais na Ásia, a tartaruga-verde (Chelonia mydas) e a tartaruga-de-pente ou tartaruga-de-escamas (Eretmochelys imbricata), apenas a última permite a autoplastia. Uma das mais antigas referências documentais a cofres de tartaruga, a exemplares concretos mas hoje desaparecido, é o que surge no inventário post mortem de Afonso de Castelo Branco, meirinho-mor da corte, de 1556: “hũu quoffre de tartaruga guarnjcido de prata vall - dois mil reais”. As proporções inusuais do presente cofre indicam estarmos em presença de uma sua reformulação ou restauro. Deve ter sofrido um acidente grave, muito provavelmente durante o seu transporte a bordo da Carreira da Índia, e logo restaurado à chegada a Lisboa. A frente e o tardoz corresponderiam às ilhargas do cofre original, assim amputado a cerca de um terço do seu comprimento original. Esta transformação implicou uma nova disposição das montagens de prata, nomeadamente a eliminação das gualdras originais (de que se observam vestígios da furação) e o reposicionamento da fechadura. A sua tipologia copia um protótipo quatrocentista europeu de cofre para custodiar preciosos livros de horas, sendo a tampa canelada ou ondulada uma característica rara de alguns destes cofres. Um raro exemplar desta tipologia pertence ao Musée de Cluny-Musée national du Moyen Âge, Paris (inv. NNI 952). As montagens deste nosso cofre são também inusuais, embora a sua decoração animalista, de lagartos (ou dragões), leões, veados e pássaros sobre fundo de enrolamentos vegetalistas e o recorte das cantoneiras de inspiração timúrida seja comum a um grupo bem conhecido destes cofres de tartaruga. Um dos mais conhecidos é o cofre (12,0 x 27,3 x 21,0 cm), com semelhante tampa canelada e montagens relevadas, da Igreja Matriz do Montijo. Curiosamente, nas dobradiças que coroam as linguetas do nosso e neste cofre do Montijo, vemos um rinoceronte indiano (Rhinoceros unicornis), sendo também idênticas as fechaduras em forma de escudo heráldico, diferindo apenas na lingueta, original no cofre do Montijo, com seu típico lagarto, e a do nosso cofre (cinzelada com motivos vegetalistas europeus), provavelmente datando do período em que foi transformado. Ao mesmo grupo pertencem os cofres, de grandes dimensões (30,5 cm de comprimento), do Monasterio de San Lorenzo del Escorial, Madrid (invs. 10044680; e 10044687), oferecidos pela imperatriz Maria de Áustria (1528-1603) a Felipe II de Espanha (r. 1556-1598) em 1589. O presente cofre distingue-se de todos quantos se conhecem deste raro grupo dado que das bandas de prata relevadas, provavelmente realizadas com recurso a matrizes metálicas (de bronze ou ferro) foram vazados os fundos, tornando mais leves as montagens e sublinhando o contraste com a tartaruga. É provável que esta diferença resida também na reformulação coeva que o presente cofre sofreu.
Hugo Miguel CrespoCentro de História, Universidade de Lisboa
Bibliografia:
Lison de Caunes, Jacques Morabito, L'écaille. Tortoiseshell, Paris, Éditions Vial, 1997
Hugo Miguel Crespo, Jewels from the India Run (cat.), Lisboa, Fundação Oriente, 2015
José Jordão Felgueiras, “Uma Família de Objectos Preciosos do Guzarate. A Family of Precious Gujurati Works”, in Nuno Vassallo e Silva (ed.), A Herança de Rauluchantim. The Heritage of Rauluchantim (cat.), Lisboa, Museu de S. Roque - Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1996, pp. 151-153
J. Frazier, “Exploitation of Marine Turtles in the Indian Ocean”, Human Ecology, 8.4, 1980, pp. 329-370
Ana García Sanz, “Relicarios de Oriente”, in Marina Alfonso Mola, Carlos Martínez Shaw (eds.), Oriente en Palacio. Tesoros Asiáticos en las Colecciones Reales Españolas (cat.), Madrid, Palacio Real de Madrid - Patrimonio Nacional, 2003, pp. 128-141
Séverine Lepape, Michael Huynh, Caroline Vrand (eds.), Mistérieux coffrets. Estampes au temps de La Dame à la licorne (cat.), Paris, Bibliothèque nationale de France, Musée de Cluny-Musée national du Moyen Âge, Lienart, 2019


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Provenance

Col. Pedro Costa (1870-1958), Lisboa
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