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Prato de aparato Paisagem com Fidalgo de facies achinezada "Pré-Aranhões", Lisboa" , 1635 – 1650

faiança portuguesa
Ø 37 cm
C754
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ROQUE, Mário, Lisboa na Origem da Chinoiserie, São Roque, Lisboa, 2024, p. 98.
Prato de faiança portuguesa do século XVII (1635-1650) de covo pouco acentuado e aba levantada, decorado a azul-cobalto sobre esmalte estanífero. Ao centro, uma paisagem onde se destaca um majestoso fidalgo de fisionomia chinesa, vestido com traje europeu da época. De túnica e gibão, calças e meias atadas por exuberantes fitas, sapatos de tacão – sinal de masculinidade e de elevado status social – cobre-se com capa curta e artisticamente levantada tapando parte da cara e da boca. De cabelo comprido, tem a cabeça parcialmente coberta com chapéu de abas e traz um espadim à cintura. Em segundo plano, um jardim limitado por varandim com uma planta exuberantemente florida, à destra da figura e, do outro lado, uma mesa portuguesa do século XVII, contemporânea da dinastia Filipina – também designada “mesa filipina” - de tampo ingenuamente planificado, sem noção de perspectiva, com os característicos fiadores em ferro, sobre a qual se dispõem, o que nos parece ser, três velas acesas. A atmosfera envolvente está pontuada por vários insectos. A paisagem é encimada por dois panejamentos – o reposteiro à esquerda da figura, termina em borla de passamanaria, certamente uma referência à pintura de época, segundo a lógica do cerimonial barroco. Na aba, a decoração prolonga-se pelo covo e está dividida com oito reservas - separadas por bandas de fios duplos com selos suspensos – alternando ramos de boninas, ora com folhas de palmeira, ora com rolos de pintura, envolvidos por cordões chineses, que irão dar origem às patas dos famosos “aranhões”. Esta ornamentação é inspirada na porcelana chinesa Kraak, do reinado Wanli (1573-1617). A composição está circundada por filamento azul. O verso da aba está decorado pelo mesmo número de reservas ocupadas por duplo semicírculo com folhas estilizadas e separadas por “filete”.À porcelana chinesa se deve a influência mais emblemática da faiança portuguesa do século XVII. De acordo com a classificação em “ciclos evolutivos”, este prato é paradigmático do segundo quartel do século. A principal característica resulta da confluência de culturas e manifesta-se pela introdução de um tema português ao centro, a par dos ornamentos da aba análogos à porcelana, mesmo que representados de forma original. A indumentária da figura e a “mesa filipina” - que reflecte um modelo de mobiliário ibérico de época - reportam esta cena para o mesmo período de manufactura da peça, correspondendo politicamente ao finalizar da Monarquia Dual e à Restauração da coroa portuguesa. A crise dinástica, provocada pela ausência de herdeiros directos ao trono de Portugal originou a União Ibérica (espanhola e portuguesa) com a ascensão ao trono português do rei Filipe II de Espanha – Filipe I de Portugal – em 1580. Ao longo dos sessenta anos a administração espanhola foi-se tornando cada vez mais impopular, difundindo-se por todas as classes um sentimento de resistência nacionalista. A perda de individualidade era sentida pela maioria dos portugueses, a par da crise económica que se instalara em todo o Império, em especial a decadência do monopólio comercial marítimo que o povo português tinha alcançado anteriormente. Este ciclo terminou em 1640, ano em que a população se revoltou, com a aclamação do duque de Bragança, D. João IV, como rei de Portugal. Ao longo deste processo de recuperação de independência, o país encontrava-se sob elevada tensão bélica com a Espanha, razão pela qual podemos considerar que o oleiro documentou nesta peça o momento em que uma figura da nobreza, com receio de expor a sua identidade, esconde parte da sua cara, e ao lado, representa uma mesa de origem filipina , sobre a qual colocou três velas acesas, como símbolo ou reduto de esperança.
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