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Contador , China, séc. XVII

madeira exótica, laca, pigmentos, ouro e cobre dourado
48,0 x 57,0 x 36,0 cm
F1317
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Provenance

Gonçalo Silva, Espanha
Este contador de duas portas produzido na China para exportação no final do século XVII de madeira exótica, é lacado a preto e decorado com cenas pintadas a cores vivas.
As ferragens de cobre dourado incluem três pares de dobradiças na frente, cantoneiras, um grande escudete oval e puxadores internos das gavetas. As ferragens, lisas, são em forma de cabeça de rúyì reminiscentes do sagrado cogumelo chinês da imortalidade (Ganoderma lucidum), conhecido como língzhī, que proporciona a satisfação de todos os desejos.
Enquanto aa frente do contador apresenta uma larga cena com rio atravessado por ponte e casas em ambas as margens, com personagens provavelmente retirados de contos tradicionais chineses, o topo ostenta uma grande paisagem rochosa com casas sobre um lago. Estas duas composições são emolduradas por uma cercadura colorida com enrolamentos vegetalistas e flores.
Sem cercadura, os painéis das ilhargas e do tardoz apresentam pequenas rochas perfuradas, semelhantes às rochas dos eruditos chineses ou gōngshí do famoso lago Taihu, um calcário poroso do sopé da Montanha Dongting em Suzhou. No lado esquerdo, ao gōngshí vemos grandes peónias lenhosas em plena floração, a Paeonia suffruticosa conhecida como mǔdān, considerada na China como “a rainha das flores”, e um símbolo de realeza, prosperidade, riqueza e honra; e flores de damasqueiro-chinês ou Prunus mume, símbolo de beleza, pureza e longevidade, com um par de pássaros. Na ilharga direita há pequenas peónias arbustivas, um grande crisântemo vermelho, símbolo do outono e da longevidade, e magnólias brancas de Yulan (Magnolia denudata) conhecidas como yùlánhuā, literalmente “lírio de jade”, nativa do centro e leste da China e símbolo de pureza; um par de pássaros empoleirados nos ramos da magnólia coroam este painel com uma grande rocha gōngshí.
No tardoz, também sem cercadura, o quadro é composto por plantas floridas junto a um gōngshí. Os pares de animais representados na decoração do contador sublinham o carácter matrimonial desta peça de mobiliário.
O contador abre-se revelando dez gavetas. As frentes são decoradas com paisagens de rochas e pequenos edifícios. O interior das portas é decorado de forma garrida com vaso de flores, em composições que repetem as flores das ilhargas (peónias lenhosas e flores de damasqueiro versus crisântemo, peônias arbustivas e magnólias). Os vasos têm a forma do recipiente de bronze arcaico chinês, conhecido como gū, uma dos formatos de vasos de bronze mais comuns na dinastia Shang, usados para vinho em libações rituais. De secção quadrada, estes gū emergem de pés extravasados, com uma secção intermédia protuberante encimada por ampla abertura extravasada.
Contadores chineses como o presente exemplo eram muito procurados na Europa dos finais do século XVII. Seguindo uma tipologia antiga de contador de duas portas, conhecido na China como yīyàoxiāng, literalmente “armário de botica”, caracterizado pela presença de gavetas interiores de diferentes tamanhos, com duas ou apenas uma porta e usado para guardar todo o tipo de objectos[1], o presente contador foi produzido para exportação seguindo o gosto europeu.
A produção chinesa de laca para exportação estava centrada principalmente em Guangzhou, mais conhecida pelos comerciantes europeus como Cantão, na província de Guangdong, no sudoeste da China.
Alguns exemplares existentes apresentam decoração lacada entalhada ou gravada, enquanto outros incluem decoração a pintura de óleo. A sua popularidade fez com que fossem copiados na Europa na forma de contadores com decoração oriental, usando verniz e pigmentos em imitação da laca asiática, que em inglês se conhece por japanning e em português como acharoado, de charão, que vem da palavra chinesa qīyào ou “laca pintada”.[2]
Hugo Miguel Crespo
Centro de História, Universidade de Lisboa


Bibliografia:


CLUNAS, Craig (ed.), Chinese Export Art and Design (cat.), London, Victoria and Albert Museum, 1987.
WANG Shixiang, Connoisseurship of Chinese Furniture. Ming and early Qing Dynasties, vol. 1, Hong Kong, Art Media Resources, 1990.


[1] Wang Shixiang, Connoisseurship of Chinese Furniture. Ming and early Qing Dynasties, Vol. 1, Hong Kong, Art Media Resources, 1990, pp. 94-95.
[2] Craig Clunas (ed.), Chinese Export Art and Design (cat.), London, Victoria and Albert Museum, 1987, pp. 80-95.
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