Par de galhetas litúrgicas , Filipinas, séc. XVII
filigrana de prata e prata dourada  
14 x 15,x 6 cm
B319
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Este par de galhetas em prata dourada e filigrana de prata, foi concebido para celebrações litúrgicas em altares cristãos, sendo usadas aos pares; uma para conter água e outra, vinho. Ambas apresentam punção não identificado e parcialmente apagado.De base de recorte em roseta e pé hemisférico (fixado ao corpo com fio roscado), corpo é cilíndrico com parte inferior arredondada, bico saliente, pega em “S” e tampa articulada com remate escalonado em forma de flor e apoio para polegar vazado, por fundição. De construção em parede dupla, as galhetas apresentam forro interior liso em chapa de prata dourada em ambos os lados e uma “armação” exterior em filigrana de prata vazada ou aberta. A “armação” de filigrana, de fio torcido achatado, apresenta faixas horizontais de grandes rosetas de oito pétalas e estreitos frisos serpentinos no corpo, e outros elementos florais no pé, bico, tampa e pega. Quadrifólios produzidos por fundição, em prata dourada fixados à “armação” de filigrana branca, decoram o pé, o corpo e a tampa das galhetas. A dimensão deste par de galhetas de altar reflecte a pequena quantidade de vinho utilizada pelo celebrante, talvez devido à sua utilização numa capela privada - provavelmente aristocrática ou pertencente a um rico comerciante. Produzidas na Ásia para exportação para o mercado europeu, a forma parece derivar de protótipos em estanho, menos dispendiosos e de maior circulação. Um par de galhetas de altar de forma idêntica, produzidas em estanho nos Países Baixos nos inícios do século XVIII, pertence à colecção do Victoria and Albert Museum, Londres (M.548-1926). Conhecemos um par de galhetas muito semelhantes, com a base original, numa colecção particular. Ao contrário deste par, as galhetas desta colecção apresentam as iniciais “V” e “A” - para vinum e aqua em latim (vinho e água) - em filigrana, coroando os apoios para polegar. Seguindo a historiografia mais tradicional sobre os centros asiáticos de produção de filigrana nos inícios da Época Moderna, o par foi publicado como tendo origem na Goa sob domínio português. Investigação ulterior, apoiada em nova evidência documental e arqueológica, sugerem as Filipinas como o provável centro de produção destas galhetas e de objectos com o mesmo tipo de filigrana, forma e motivos. No entanto, e mesmo considerando as diferenças na liturgia, uma origem na Batávia sob domínio holandês (a actual Jacarta) não é impossível.
                        
                Este par de galhetas em prata dourada e filigrana de prata, foi concebido para celebrações litúrgicas em altares cristãos, sendo usadas aos pares; uma para conter água e outra, vinho. Ambas apresentam punção não identificado e parcialmente apagado.De base de recorte em roseta e pé hemisférico (fixado ao corpo com fio roscado), corpo é cilíndrico com parte inferior arredondada, bico saliente, pega em “S” e tampa articulada com remate escalonado em forma de flor e apoio para polegar vazado, por fundição. De construção em parede dupla, as galhetas apresentam forro interior liso em chapa de prata dourada em ambos os lados e uma “armação” exterior em filigrana de prata vazada ou aberta. A “armação” de filigrana, de fio torcido achatado, apresenta faixas horizontais de grandes rosetas de oito pétalas e estreitos frisos serpentinos no corpo, e outros elementos florais no pé, bico, tampa e pega. Quadrifólios produzidos por fundição, em prata dourada fixados à “armação” de filigrana branca, decoram o pé, o corpo e a tampa das galhetas. A dimensão deste par de galhetas de altar reflecte a pequena quantidade de vinho utilizada pelo celebrante, talvez devido à sua utilização numa capela privada - provavelmente aristocrática ou pertencente a um rico comerciante. Produzidas na Ásia para exportação para o mercado europeu, a forma parece derivar de protótipos em estanho, menos dispendiosos e de maior circulação. Um par de galhetas de altar de forma idêntica, produzidas em estanho nos Países Baixos nos inícios do século XVIII, pertence à colecção do Victoria and Albert Museum, Londres (M.548-1926). Conhecemos um par de galhetas muito semelhantes, com a base original, numa colecção particular. Ao contrário deste par, as galhetas desta colecção apresentam as iniciais “V” e “A” - para vinum e aqua em latim (vinho e água) - em filigrana, coroando os apoios para polegar. Seguindo a historiografia mais tradicional sobre os centros asiáticos de produção de filigrana nos inícios da Época Moderna, o par foi publicado como tendo origem na Goa sob domínio português. Investigação ulterior, apoiada em nova evidência documental e arqueológica, sugerem as Filipinas como o provável centro de produção destas galhetas e de objectos com o mesmo tipo de filigrana, forma e motivos. No entanto, e mesmo considerando as diferenças na liturgia, uma origem na Batávia sob domínio holandês (a actual Jacarta) não é impossível.
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