Prato Decorado com Monge Budista , Lisboa, 1660 – 1680
faiança portuguesa
Ø 21 cm
C711
Provenance
J. P. Frazão, Santarém
Invulgar prato de pequenas dimensões em faiança portuguesa, com covo pouco acentuado e aba levantada, esmaltado a branco estanífero e decorado a azul-cobalto e vinoso de manganês, num minucioso padrão decorativo designado de Desenho Miúdo.
No centro, uma reserva preenchida por paisagem, de onde se destacam uma exuberante palmeira e uma cameleira de onde emerge uma grande flor, bem como estruturas arquitetónicas de feição oriental que rodeiam um monge budista sentado à beira-rio, segurando o que poderá ser um papagaio de papel ou uma cana de pesca estilizada. Esta reserva está emoldurada por banda de “faixa barroca” de enrolamentos alternados, um motivo decorativo cuja utilização se prolongará até ao início do séc. XVIII.
A aba é preenchida por paisagem exótica contínua, onde se evidenciam quatro construções orientalizantes e quatro animais deitados, possivelmente bois ou búfalos, bem como elementos florais e vegetalistas soltos de inspiração chinesa, nomeadamente camélias e peónias. No verso, quatro apontamentos vegetalistas equidistantes.
Os motivos pintados a azul e delineados a vinoso refletem a influência das porcelanas chinesas Ducai do período de transição (1624-1644), ilustrando assim, de algum modo a resistência das oficinas oleiras de Lisboa, à concorrência Holandesa, nomeadamente a de Delft.
Esta interessante e invulgar peça de faiança portuguesa documenta com nitidez, a forte difusão da porcelana chinesa em Portugal e o acentuado ascendente decorativo que a mesma exerceu na produção nacional durante todo o séc. XVII, através da presença frequente de figuras e ornatos orientais que, quase sempre, copiam, embora com menor fantasia, a decoração dos originais chineses.
No centro, uma reserva preenchida por paisagem, de onde se destacam uma exuberante palmeira e uma cameleira de onde emerge uma grande flor, bem como estruturas arquitetónicas de feição oriental que rodeiam um monge budista sentado à beira-rio, segurando o que poderá ser um papagaio de papel ou uma cana de pesca estilizada. Esta reserva está emoldurada por banda de “faixa barroca” de enrolamentos alternados, um motivo decorativo cuja utilização se prolongará até ao início do séc. XVIII.
A aba é preenchida por paisagem exótica contínua, onde se evidenciam quatro construções orientalizantes e quatro animais deitados, possivelmente bois ou búfalos, bem como elementos florais e vegetalistas soltos de inspiração chinesa, nomeadamente camélias e peónias. No verso, quatro apontamentos vegetalistas equidistantes.
Os motivos pintados a azul e delineados a vinoso refletem a influência das porcelanas chinesas Ducai do período de transição (1624-1644), ilustrando assim, de algum modo a resistência das oficinas oleiras de Lisboa, à concorrência Holandesa, nomeadamente a de Delft.
Esta interessante e invulgar peça de faiança portuguesa documenta com nitidez, a forte difusão da porcelana chinesa em Portugal e o acentuado ascendente decorativo que a mesma exerceu na produção nacional durante todo o séc. XVII, através da presença frequente de figuras e ornatos orientais que, quase sempre, copiam, embora com menor fantasia, a decoração dos originais chineses.
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