São Roque
Skip to main content
  • Menu
  • Artworks
  • Publications
  • Press
  • Exhibitions
  • Videos
  • Sold Archive
  • Contact
  • About Us
  • PT
  • EN
Menu
  • PT
  • EN
Artworks

Ver tudo

Open a larger version of the following image in a popup: Placa "Adoração dos Reis Magos" , Filipinas, séc. XVII

Placa "Adoração dos Reis Magos" , Filipinas, séc. XVII

Marfim entalhado
16.0 x 10.0 cm
F1258
Enquire
%3Cdiv%20class%3D%22title_and_year%22%3E%3Cspan%20class%3D%22title_and_year_title%22%3EPlaca%20%22Adora%C3%A7%C3%A3o%20dos%20Reis%20Magos%22%20%3C/span%3E%2C%20%3Cspan%20class%3D%22title_and_year_year%22%3EFilipinas%2C%20s%C3%A9c.%20XVII%3C/span%3E%3C/div%3E%3Cdiv%20class%3D%22medium%22%3EMarfim%20entalhado%20%3C/div%3E%3Cdiv%20class%3D%22dimensions%22%3E16.0%20x%2010.0%20cm%3C/div%3E
Read more

Provenance

Col. particular, Espanha

Esta placa, representa a Adoração dos Reis Magos, sem dúvida replicando em pormenor uma fonte gravada europeia ainda não identificada.

Apresenta-nos uma cena interior (com arcarias e frestas), com a Sagrada Família à esquerda - São José em pé apoiado no seu cajado e segurando o chapéu, a Virgem sentada, e o Menino ao colo de sua mãe, de mãos estendidas, recebendo as ofertas.

Um dos reis, com cabeça destapada em sinal de respeito, está ajoelhado perante o Menino com sua oferta (uma taça coberta), outro em pé à direita com uma taça idêntica com tampa, e o terceiro, sem barba e em pé, segura um ceptro e uma vara de comando; no primeiro plano vemos uma coroa pousada de um dos reis-magos. Ao fundo, duas figuras masculinas com suas lanças e alabardas, observam a cena.

Esta placa, delicadamente entalhada em marfim, foi produzida por artesãos chineses ou mestizos de origem chinesa em Manila nas Filipinas, concebida enquanto suporte visual para práticas devocionais promovidas tanto pelos jesuítas como pelos franciscanos, ou ainda outras ordens religiosas na Ásia no seu trabalho missionário e, também, como objectos para exportação, nomeadamente para a América Central e do Sul, e para a Península Ibérica[1].

Descobertas arqueológicas recentes, nomeadamente do naufrágio de um galeão de Manila, a Santa Margarita (1601) ao largo das ilhas Marianas (Ladrones), oferecem uma riqueza de informação sobre a cronologia e produção de esculturas devocionais de marfim feitas por mestres entalhadores chineses e filipinos nas Filipinas nos inícios do século XVII. Trata-se de uma produção que antecede em meio século a produção de escultura ebúrnea em Goa.[2]

Hugo Miguel Crespo

Centro de História, Universidade de Lisboa

Bibliografia:

BAILEY, Gauvin Alexander, “Translation and metamorphosis in the Catholic Ivories of China, Japan and the Philippines, 1561-1800”, in Nuno Vassallo e Silva (ed.), Ivories in the Portuguese Empire, Lisboa, Scribe, 2013, pp. 233-290.

CHONG, Alan, “Christian ivories by Chinese artists. Macau, the Philippines, and elsewhere, late 16th and 17th centuries”, in Alan Chong (ed.), Christianity in Asia. Sacred art and visual splendour (cat.), Singapore, Asian Civilisations Museum, 2016, pp. 204-207.

CRESPO, Hugo Miguel Crespo (ed.), A Arte de Coleccionar. Lisboa, a Europa e o Mundo na Época Moderna (1500-1800), Lisboa, AR-PAB, 2019.


[1] Veja-se Alan Chong, “Christian ivories by Chinese artists. Macau, the Philippines, and elsewhere, late 16th and 17th centuries”, in Alan Chong (ed.), Christianity in Asia. Sacred art and visual splendour (cat.), Singapore, Asian Civilisations Museum, 2016, pp. 204-207; e Hugo Miguel Crespo (ed.), A Arte de Coleccionar. Lisboa, a Europa e o Mundo na Época Moderna (1500-1800), Lisboa, AR-PAB, 2019, pp. 334-338, cat. 49.

[2] Marjorie Trusted, “Survivors of a Shipwreck: Ivories from a Manila Galleon of 1601”, Hispanic Research Journal, 14.5, 2013, pp. 446-462.





Esta placa, representa a Adoração dos Reis Magos, sem dúvida replicando em pormenor uma fonte gravada europeia ainda não identificada.

Apresenta-nos uma cena interior (com arcarias e frestas), com a Sagrada Família à esquerda - São José em pé apoiado no seu cajado e segurando o chapéu, a Virgem sentada, e o Menino ao colo de sua mãe, de mãos estendidas, recebendo as ofertas.

Um dos reis, com cabeça destapada em sinal de respeito, está ajoelhado perante o Menino com sua oferta (uma taça coberta), outro em pé à direita com uma taça idêntica com tampa, e o terceiro, sem barba e em pé, segura um ceptro e uma vara de comando; no primeiro plano vemos uma coroa pousada de um dos reis-magos. Ao fundo, duas figuras masculinas com suas lanças e alabardas, observam a cena.

Esta placa, delicadamente entalhada em marfim, foi produzida por artesãos chineses ou mestizos de origem chinesa em Manila nas Filipinas, concebida enquanto suporte visual para práticas devocionais promovidas tanto pelos jesuítas como pelos franciscanos, ou ainda outras ordens religiosas na Ásia no seu trabalho missionário e, também, como objectos para exportação, nomeadamente para a América Central e do Sul, e para a Península Ibérica[1].

Descobertas arqueológicas recentes, nomeadamente do naufrágio de um galeão de Manila, a Santa Margarita (1601) ao largo das ilhas Marianas (Ladrones), oferecem uma riqueza de informação sobre a cronologia e produção de esculturas devocionais de marfim feitas por mestres entalhadores chineses e filipinos nas Filipinas nos inícios do século XVII. Trata-se de uma produção que antecede em meio século a produção de escultura ebúrnea em Goa.[2]

Hugo Miguel Crespo

Centro de História, Universidade de Lisboa

Bibliografia:

BAILEY, Gauvin Alexander, “Translation and metamorphosis in the Catholic Ivories of China, Japan and the Philippines, 1561-1800”, in Nuno Vassallo e Silva (ed.), Ivories in the Portuguese Empire, Lisboa, Scribe, 2013, pp. 233-290.

CHONG, Alan, “Christian ivories by Chinese artists. Macau, the Philippines, and elsewhere, late 16th and 17th centuries”, in Alan Chong (ed.), Christianity in Asia. Sacred art and visual splendour (cat.), Singapore, Asian Civilisations Museum, 2016, pp. 204-207.

CRESPO, Hugo Miguel Crespo (ed.), A Arte de Coleccionar. Lisboa, a Europa e o Mundo na Época Moderna (1500-1800), Lisboa, AR-PAB, 2019.


[1] Veja-se Alan Chong, “Christian ivories by Chinese artists. Macau, the Philippines, and elsewhere, late 16th and 17th centuries”, in Alan Chong (ed.), Christianity in Asia. Sacred art and visual splendour (cat.), Singapore, Asian Civilisations Museum, 2016, pp. 204-207; e Hugo Miguel Crespo (ed.), A Arte de Coleccionar. Lisboa, a Europa e o Mundo na Época Moderna (1500-1800), Lisboa, AR-PAB, 2019, pp. 334-338, cat. 49.

[2] Marjorie Trusted, “Survivors of a Shipwreck: Ivories from a Manila Galleon of 1601”, Hispanic Research Journal, 14.5, 2013, pp. 446-462.




Important and large size carved out in deep low-relief depicting the Biblical scene the visit of the three Magi Kings to Baby Jesus. In a sophisticated and erudite composition, the holy family, the Virgin Mary, St Joseph and Baby Jesus are depicted on the left side of the scene. One of the three Magi, kneeling, offers a gift to Baby Jesus, while the other two wise men stand in front of him, one bearing a crown, and the other holding a scepter. Two other men are depicted on the scene, representing two guards. The scene is complemented with an architectural composition of Jerusalem.

South Chinese and Philippine-Portuguese imagery represented delicately and recognizably: elegant faces, with large almond-shaped eyes, the nose with clearly defined nostrils, fine closed lips, long neck, and the hands, elegantly formed with long spindle-like fingers.

Unveiling an inspiration on European models, the long cloaks covering the figures, Virgin, St Joseph and the three Magi, are worked in a flowy yet and rigid style, a coherent feature found on traditional Chinese religious figures.

The sculpture of particular elegance and unquestionable artistic achievement, related to the mysticism and spirituality so characteristic of Sino-Portuguese Christian art.

These small plaques (this one being a big example), easily carried by missionaries, had an important role within Christian missions throughout Asia as essential tools for the teaching of Christian doctrine and use in public worship in churches or chapels. They were often part of larger sets destined to be displayed in oratories or altarpieces.

The European models from which the plaques were copied could be sourced from Italian engravings widely circulated in the Orient by European tradesmen and missionaries.

This particular ivory plaque of strong European character was most likely produced by a Chinese artist well acquainted with the aesthetics introduced by the Portuguese.

Previous
|
Next
28 
of  427
Manage cookies
Copyright © 2025 São Roque
Site by Artlogic
Instagram, opens in a new tab.
Join the mailing list
Send an email

This website uses cookies
This site uses cookies to help make it more useful to you. Please contact us to find out more about our Cookie Policy.

Manage cookies
Accept

Cookie preferences

Check the boxes for the cookie categories you allow our site to use

Cookie options
Required for the website to function and cannot be disabled.
Improve your experience on the website by storing choices you make about how it should function.
Allow us to collect anonymous usage data in order to improve the experience on our website.
Allow us to identify our visitors so that we can offer personalised, targeted marketing.
Save preferences
Close

Join our mailing list

Signup

* denotes required fields

We will process the personal data you have supplied in accordance with our privacy policy (available on request). You can unsubscribe or change your preferences at any time by clicking the link in our emails.