São Roque
Skip to main content
  • Menu
  • Coleção
  • Publicações
  • Imprensa
  • Exposições
  • Vídeos
  • Arquivo
  • Contactos
  • PT
  • EN
Menu
  • PT
  • EN
Coleção

Índia/Indo-portuguesa

  • All
  • Tribal e Afro-portuguesa
  • Brasil
  • Chinesa/sino-portuguesa
  • Índia/Indo-portuguesa
  • Japão/Nipo-portuguesa
  • Reino do Ceilão/ Cíngalo-portuguesas
  • Reino do Pegu
  • Tailândia/Luso-siamês
Open a larger version of the following image in a popup: Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI
Open a larger version of the following image in a popup: Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI
Open a larger version of the following image in a popup: Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI
Open a larger version of the following image in a popup: Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI
Open a larger version of the following image in a popup: Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI
Open a larger version of the following image in a popup: Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI
Open a larger version of the following image in a popup: Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI

Nossa Senhora Indo-portuguesa , séc. XVI

madeira, vestígios de policromia
110,0 x 55,0 x 35,0 cm
F1402
Contactar
%3Cdiv%20class%3D%22title_and_year%22%3E%3Cspan%20class%3D%22title_and_year_title%22%3ENossa%20Senhora%20Indo-portuguesa%20%3C/span%3E%2C%20%3Cspan%20class%3D%22title_and_year_year%22%3Es%C3%A9c.%20XVI%20%3C/span%3E%3C/div%3E%3Cdiv%20class%3D%22medium%22%3Emadeira%2C%20vest%C3%ADgios%20de%20policromia%20%3C/div%3E%3Cdiv%20class%3D%22dimensions%22%3E110%2C0%20x%2055%2C0%20x%2035%2C0%20cm%3C/div%3E

Further images

  • (View a larger image of thumbnail 1 ) Thumbnail of additional image
  • (View a larger image of thumbnail 2 ) Thumbnail of additional image
  • (View a larger image of thumbnail 3 ) Thumbnail of additional image
  • (View a larger image of thumbnail 4 ) Thumbnail of additional image
  • (View a larger image of thumbnail 5 ) Thumbnail of additional image
  • (View a larger image of thumbnail 6 ) Thumbnail of additional image
  • (View a larger image of thumbnail 7 ) Thumbnail of additional image
Esta rara e importante escultura de Nossa Senhora entalhada em madeira, de rosto contemplativo, levemente inclinado e de mãos unidas à altura do peito, em gesto de oração (hoje perdidas), é representada como Virgem do Apocalipse triunfando sobre o mal. Assenta sobre uma figura quimérica, diabólica, simbolizando o mal: um grande dragão de cauda enrolada, cuja cabeça expressa a origem indiana desta escultura, já que representa o feroz yali - quimera com cabeça de leão e dentes ameaçadores - ou makara - um dragão (também sem asas) - presença habitual nos templos hindus no sul da Índia no período Vijayanagara enquanto elemento protector. O mais relevante paralelo que conhecemos para esta escultura é uma base integralmente entalhada em só peça em marfim, outrora de uma Nossa Senhora em marfim, de grandes dimensões, hoje perdida. A base representa um dragão de sete cabeças (Livro do Apocalipse 12:3-4) com suas cristas, cauda enrolada e patas de felino, também ela sem asas. O vestuário desta Nossa Senhora revela a cronologia do seu entalhe: veste saio vermelho (de corpinho e saia do mesmo) com decote recto à flamenga típico das primeiras décadas do século XVI, coberto integralmente pelo pregueado da camisa de linho por baixo e largo manto azul sobre os ombros, descobrindo a cabeça e longos cabelos, atado à frente por atilho. O tratamento estilístico do rosto, em especial o seu hieratismo e a expressão dos olhos, nariz e boca, assim como as orelhas destapadas, revelam também a sua origem nos territórios indianos sob directa influência portuguesa. A sua recuada datação permite propor Cochim (Kochi, no actual estado do Kerala) como a sua provável origem, já que a região foi desde tempos imemoriais um destacado centro de produção de obras em madeira (entalhe, marcenaria e construção) e tornar-se-ia, com a presença portuguesa, num dos mais importantes centros de construção naval (fazendo uso da resistente madeira local) no subcontinente. Análises levadas a cabo pelo prestigiado laboratório de análises científicas de obras de arte, o CIRAM em Bordéus - França, confirmaram a antiguidade da peça e também a identificação xilológica do material. Quanto à datação por radiocarbono, os resultados indicam uma probabilidade de 95,4% de corresponder ao intervalo entre 1299-1405. No entanto, é de ressalvar que as amostras foram retiradas do cerne, uma zona central do tronco e, portanto mais antiga; a datação apurada pode assim padecer do “efeito madeira antiga” (old wood effect em inglês, e effet vieux bois em francês) e o abate da árvore corresponder a um período posterior em muitas décadas. Um abate nos anos finais do século XV seria mais conforme à datação do entalhe do objecto baseada nos elementos estilísticos acima referidos. Quanto ao material botânico, trata-se de madeira da família Quercus spp. (que inclui o carvalho, sobreiro, azinheira, etc.), proveniente de zona temperada e não tropical. Dada a ausência de espécies de Quercus no subcontinente indiano e a circunstância de se tratar de madeira europeia (zona temperada), muito provavelmente de origem portuguesa, não deixa de causar alguma estranheza dada a grande abundância e riqueza em madeiras na Índia, aliás muito resistentes aos ataques de xilófagos e outras pragas. No entanto, sabemos como a madeira enquanto material viajou amiúde a bordo da Carreira da Índia. Dada a antiguidade da madeira, é de supor tratar-se aqui um aproveitamento de madeira portuguesa por entalhador local indiano, acaso material retirado de uma nau portuguesa. Através da tratadística coeva sabemos como a madeira preferida para a estrutura das naus portuguesas era o sobreiro (Quercus suber), a par da azinheira (Q. ilex) e outros carvalhos (Q. faginea e Q. robur), sendo o mastro usualmente de madeira de pinho (Pinus pinaster ou P. sylvestris).Esta rara representação de Nossa Senhora, certamente uma das primeiras esculturas de vulto produzidas no sul da Índia sob domínio e influência portuguesa que sobreviveu aos nossos dias, é um poderoso testemunho da presença lusa no subcontinente indiano e dos inícios da missionação cristã nesses territórios. A ausência de testemunhos artísticos desta qualidade e cronologia, e a raridade de exemplares entalhados em madeira nos territórios indianos sob directa influência portuguesa, com apurada história custodial e proveniência, tem limitado o estudo desta produção. Com efeito, não se conhece qualquer monografia sobre o tema, sendo bastante recentes os estudos de expressões artísticas afins, caso da talha.
Anterior
|
Próximo
14 
de  23
Configurar cookies
© 2025 São Roque
Site produzido por Artlogic
Instagram, opens in a new tab.
Newsletter
Mandar um email

Este site utiliza cookies
Este site utiliza cookies para ser mais útil para si. Por favor contacte-nos para saber mais sobre a nossa Política de Cookies.

Configurar cookies
Aceitar

Preferências das Cookies

Verifique as caixas de acordo com as suas permissões:

Cookie options
Necessário para o site funcionar, não pode ser desativado.
Melhore a sua experiência no site permitindo que guardemos as escolhas que fez sobre como ele deve funcionar.
Permita-nos adquirir dados de uso anônimos para melhorar a sua experiência no nosso site.
Permita-nos identificar os nossos visitantes para que possamos oferecer publicidade personalizada e direcionada.
Salvar preferências
Close

Receba as novidades!

Inscrever-se

* campos obrigatórios

Processaremos os seus dados pessoais que forneceu de acordo com nossa política de privacidade (disponível mediante solicitação). Pode cancelar a sua assinatura ou alterar as suas preferências a qualquer momento clicando no link nos nossos emails.