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Contador "Escamas de Peixe" Namban, Japão, período Momoyama (1573-1603)

criptoméria do Japão, laca, ouro, madrepérola e cobre dourado
54,0 x 78,0 x 42,0 cm
F1142
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Contador Namban em madeira lacada (urushi), com tampo de abater, replicando um protótipo ibérico de móvel de conter conhecido à época por contador em português, ou também por vargeño em espanhol. Com diversas gavetas de diferentes formatos e dimensões, contadores desta dimensão, e caixas-escritório quando de menor tamanho, foram concebidos para guardar documentos importantes e cartas, jóias e pequenos objectos preciosos, contando-se, entre as peças de mobiliário, como das mais indispensáveis nos interiores domésticos na Europa do Período Moderno. O tampo de abater articulado forma, quando aberto, uma superfície plana para a escrita. Móveis como o presente eram de uso quase obrigatório para oficiais, nobres e mercadores europeus estantes na Ásia, sendo produzidos numa variedade de materiais exóticos e valiosos, tais como a tartaruga, o marfim ou a delicada laca decorada a ouro, muito apreciada e avidamente procurada na Europa dado não apenas a sua estética apelativa, como também a sua perfeição técnica.Quando aberto, este muito raro e importante contador, dá acesso a vinte gavetas dispostas em seis fiadas: a primeira e segunda, tem duas gavetas centrais, ladeadas por gaveta única quadrangular que ocupa a altura total dos dois renques; por baixo, uma gaveta central, com arcaria ao modo dos contadores europeus da época, ocupa a altura total das três fiadas centrais, ladeada por cinco gavetas sobrepostas de cada lado: duas em cima e uma comprida a meio e duas por baixo; por fim, do renque inferior, duas quadrangulares nas extremidades e um gavetão central que, à semelhança da gaveta de arcaria ao centro, apresenta fechadura. Enquanto a decoração da gaveta central consiste num pé carregado de laranjeira tachibana (Citrus tachibana), o gavetão inferior apresenta enrolamentos das trepadeiras de feijoeiro do Japão ou kuzu (Pueraria lobata), espécie que se repete, como que omnipresente, na decoração do tardoz lacado e na face interior do tampo de abater. Entre as espécies botânicas presentes na decoração deste importante contador conta-se também a flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), despontando das cenas de lago nas gavetas quadrangulares dos cantos.À semelhança de outros móveis lacados Namban, de faces exteriores planas e arestas salientes à maneira do mobiliário chinês, a decoração deste contador é em tapete, com cercaduras decorativas (enxaquetado, ou ishitatami) conjugando a decoração a ouro com a madrepérola (raden). No entanto, à excepção do tardoz que, como já vimos, é decorado por um largo e contínuo painel de trepadeiras de feijoeiro do Japão, as restantes superfícies são cobertas por placas - inteiras nas ilhargas e divididas em duas no topo e na face exterior do tampo de abater - de cobre dourado e lacado a negro (urushi) desenhando um padrão de escamas (voltadas para cima), com balmázios também de cobre dourado no centro de cada escama. Embora num outro material, bastante mais dispendioso e difícil de trabalhar, estas placas com padrão de escamas irmanam o presente contador a um raro grupo de peças de mobiliário lacado Namban totalmente revestidas a madrepérola (raden) desenhando idêntico padrão de escamas e “fixas” por semelhantes balmázios de cabeça redonda e achatada em cobre dourado. Este padrão, com efeito, representa a transposição de um gosto e modo de produção estranhos ao Japão, chegados por mão dos portugueses, já que copiam o padrão escamado dos objectos - entre os quais peças de mobiliário como cofres ou mesmo tampos de mesa -, produzidos com tesselas de madrepérola no Guzarate, alguns já sob encomenda directa europeia e copiando modelos levados pelos portugueses. Desta produção Namban conhecem-se uns poucos exemplares, como um baú (curiosamente decorado apenas também com trepadeiras do Japão) de grandes dimensões (45,5 x 76 x 36,5 cm) em colecção particular, um grande contador de mesa em colecção particular lisboeta, ou um outro baú também de grandes dimensões no Victoria and Albert Museum, Londres (inv. no. FE.33-1983). Muito embora seja moroso e certamente difícil o trabalho envolvido no corte e aplicação das tesselas de madrepérola à superfície de madeira lacada dos exemplares deste raro grupo, a produção das placas do nosso contador, em cobre dourado, é seguramente mais complexa, já que do domínio da metalurgia. Com efeito, para o fabrico de tão finas e regulares folhas de cobre torna-se necessário a fundição de um lingote depois aplanado por martelagem até à obtenção da espessura desejada (recomeçada sempre que perdida a ductilidade do metal, sendo necessário recozê-lo, levando-o ao fogo repetidas vezes), e morosa e subsequente eliminação das marcas do martelo, resultando numa superfície imaculadamente lisa e plana. Esta superfície, foi posteriormente dourada, provavelmente por dissolução do ouro em amálgama de mercúrio, resultando, depois do mercúrio evaporar, numa superfície dourada posteriormente brunida para maior brilho, lacada a negro desenhando o padrão escamado, com seu balmázio (e furação que lhe antecede) colocado por fim no centro de cada escama. Operações complexas e lentas do domínio da metalurgia, que resultam numa superfície absolutamente extraordinária, literalmente coberta de ouro, um dos materiais, a par da seda, mais dispendiosos de então e por isso mesmo muito apreciado. Trata-se pois, não de uma opção decorativa por escassez de madrepérola, mas de uma escolha plenamente consciente por parte do encomendante, dado que o mobiliário coberto de ouro era considerado então, como o mais luxuoso e reservado à elite. Resta lembrar que o uso desmedido de mobiliário coberto de ouro levou mesmo à sua proibição no reino de Portugal - a par de peças em ouro esmaltado ou do uso desregrado de vestuário de seda -, através de leis especiais conhecidas por pragmáticas contra o luxo. A decoração em cobre dourado, que está também presente nas cintas de cobre (decoradas por incisão a imitar as cercaduras enxaquetadas da decoração lacada) que tapam as juntas das placas duplas no topo e na frente, estende-se também às ferragens, que consistem nos puxadores das gavetas (com espelhos em flor de crisântemo), cantoneiras, gualdras ou pegas laterais, dobradiças, e na grande fechadura exterior, cujo espelho recortado é em forma de brasão coroado decorado no interior por um damasqueiro do Japão ou Prunus mume.A refinada decoração a ouro aplicada a este contador de grandes dimensões, conhecida por maki-e, literalmente "pintura polvilhada", era comum no período Momoyama (1568-1600), e também nos inícios do período Edo que se lhe seguiu. É neste período e contexto de mútua aculturação que surge um tipo especial de laca para exportação combinando embutidos de madrepérola com um tipo de decoração conhecida por hiramaki-e, a que se chama nanban makie ou nanban shitsugei. O vocábulo Nanban, igualmente grafado como Namban, ou Namban-jin, (literalmente "Bárbaros do Sul"), de origem chinesa, surge utilizado para identificar mercadores, missionários e marinheiros portugueses e espanhóis após a sua chegada ao Japão, entre os séculos XVI e XVII, tendo sido empregado também para designar um grupo de objectos lacados e outros produtos produzidos no Japão para consumo interno ou para exportação, reflectindo um gosto ocidental, sendo modelados sobre protótipos europeus, tal como o nosso contador.
Objectos de estilo Namban, produzidos em exclusivo para exportação, combinam técnicas, materiais e motivos decorativos japoneses com estilos e formas europeias, sendo o presente um valioso testemunho. Não se conhece, até hoje, nenhuma peça de mobiliário Namban com esta decoração com folhas de cobre dourado e lacado desenhando padrão de escamas, sendo por isso um documento notável deste gosto, pautado ao mesmo tempo por um certo refinamento, mas também e sobremaneira, pela ostentação desmedida e desenfreada que, afinal, bem representa os portugueses na Ásia neste período das Descobertas marítimas e da expansão portuguesa.
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Provenance

Col. Vincent L'Herrou, Paris.
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